ICONOGRAFIAS

Esta página visa disponibilizar imagens do BDI do Projeto Ex-votos do Brasil, e possibilitar, num processo hipertextual com os demais sites, a análise das tipologias, iconografia, arquitetura, informação e comunicação que, no decorrer das pesquisas, se encontram em torno dos ex-votos. As iconografias serão elaboradas seguindo a ordem do BDI do Projeto.

Porém, antes, alguns conceitos acerca dos temos utilizados serão apresentados, para que a leitura seja de melhor aproveitamento, compreensão e utilização.

Os autores-bases, para desenvolvimento das atividades são Lúcia Santaella (semiótica/semiologia), Erwin Panofsky (iconografia/iconologia).

BDI é a sigla para Banco de Dados Iconográfico, que é o conjunto de imagens, fotografias e vídeos de objetos, com as suas devidas classificações, registros e, principalmente, descrições.

ICONOGRAFIA - A origem da palavra iconografia surgiu a partir da junção de dois termos gregos, "eikon" = "imagem" e "graphia" = "escrita", significando literalmente "a escrita da imagem".

Define o estudo dos assuntos representados por imagens artísticas, obras de arte, relacionando com as suas fontes e significados, abrangendo assim, o estudo de trabalhos imagéticos como estátuas, pinturas, gravuras, retratos, retábulos, e etc., analisando as características estéticas das mesmas, limitando-se a não enveredar pelo seu significado histórico, ficando este campo para a iconologia. Porém, uma das bases que é utilizada no Projeto para o direcionamento iconológico e iconográfico é do teórico Erwin Panofsky.

Para Erwin Panofsky, iconografia é a descrição e classificação das imagens é um auxílio para a descrição de datas e origens, e às vezes autenticidades, e fornece as bases necessárias para quaisquer interpretações ulteriores.

Já a Iconologia, é o método de interpretação que advém da síntese mais que da análise. E assim com a exata identificação dos motivos é o requisito básico de uma correta análise iconográfica, também a exata análise das imagens, estórias e alegorias é o requisito essencial para uma correta interpretação iconológica. (PANOFSKY, 1976, pg. 54).

Por outra via, palavra Semiótica provém da raiz grega ‘semeion’, que denota signo. Assim, desta mesma fonte, temos ‘semeiotiké’, ‘a arte dos sinais’, e revela as formas como o indivíduo dá significado a tudo que o cerca. A semiótica é, portanto, a ciência que estuda os signos e todas as linguagens e acontecimentos culturais como fenômenos produtores de significado.

Para Santaella (2003), e a ciência que tem por objeto de investigação todas as linguagens possíveis, ou seja, que tem por objetivo o exame dos modos de constituição de todo e qualquer fenômeno como fenômeno de produção de significação e de sentido.


A Semiologia é uma ciência que estuda todos os sistemas de signos na vida social. O termo tende a ser usado como sinônimo de semiótica embora os especialistas façam algumas distinções entre ambos. Pode-se dizer que a semiologia trata de todos os estudos relacionados com a análise dos signos, quer linguísticos (vinculados à semântica e à escrita) quer semióticos (signos humanos e da natureza).


EX-VOTOS ESCULTÓRICOS: CABEÇAS ANTROPOMORFAS



Ex-voto antropomorfo, em cedro, monocromático, com circunferência total de 0,41m; circunferência do pescoço 0,26 m; altura total de 0,21m; altura do pescoço 0,65 m; profundidade de 0,13m. Cabeça média, em forma oval; traz olhos pequenos e abertos em relevo baixo, com cavas que acentuam as sobrancelhas, nariz grande em relevo médio com narinas aparentes, boca pequena em baixo relevo, orelhas idênticas em relevo médio formando levemente um ”S”, e pescoço roliço. Parte posterior trazendo mancha em elíptico, côncava, demonstrando área levemente queimada.












Obs. 1: O objeto foi restaurado.

Obs. 2: Constam etiquetas de registro na parte inferior (fundo) referentes ao tombamento.

Obs. 3: A mancha é causada por uma queima. Neste caso, não averiguamos se foi proposital no objeto já construído, ou se por acidade; como também se proposital na madeira antes de ser esculpida.

                                                                                                                                                  


Cabeça antropomorfa, oval, média, em cedro, monocromática, com circunferência total de 0,50 m; circunferência do pescoço 0,32m; altura total de 0,25m; altura do pescoço 0,75 cm; profundidade de 0,17 m. Olhos pequenos, abertos em relevo baixo, nariz grande e afilado, boca média em baixo relevo, orelhas idênticas em relevo médio, e pescoço roliço





Obs: 1: O objeto traz marcas de restauração na lateral esquerda.

Obs. 2: Contém etiquetas de registro na parte inferior (fundo) referentes ao tombamento.

Obs. 3: Próximo à orelha direita o objeto possui traços evidenciando que o artista teve a intenção de esculpir a orelha em espaço posterior.

                                                                                                                                                

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